Nos bailes dos negros, marcando a coreografia do candombe, o som da pele do tambor deu-lhe o nome: tan-gó. O eminente musicólogo Ortiz Oderigo opta pela corrente africana ao afirmar que o nome tango constitui-se numa corruptela do nome Xangô, deus do trovão e das tempestades na mitologia dos Yorubás da Nigéria (Africa Ocidental), onde Xangô também era o nome do tambor usado nos rituais. Como afirma Jorge Luiz Borges: " O tango é negro na raiz".
Este tom escuro resulta na mais evidente cor racial do tango, porque , em 1865, o ator canadense residente em Buenos Aires, German Machay, cuja formação shakespeariana deveria mantê-lo afastado dos ambientes frequentados pela gente de raça africana, parodiava seus gestos e linguagem, personificando comicamente o Negro Schicoba, na interpretação de canto e dança chamados tango. Mesmo que estivesse longe do compasso que foi mudando com os anos, o ritmo da canção entoada por McKay, cuja partitura ainda existe, viria a fazer do velho candombe a dança oficial dos negros: o Negro Schicoba, escrita em 2/4,mostrava, em seus compassos de "habanera", certos traços do que viria a constituir-se o som e a estrutura musical do tango.
No século passado eram populares várias espécies de tango: o "tango andaluz" (1855-1880), o "tango cubano" e outras variedades. Os conhecidos como "tangos africanos" eram interpretados pelos artistas das companhias espanholas que atuavam na cidade e entravam em cena caracterizados de negros, tal como fazia McKay e outros atores americanos , animando os minstrelsy, espetáculos onde artistas brancos pintados de negro parodiavam seu canto e sua dança. Várias décadas depois, em 1927, Al Johnson continuava essa moda, fixando nas telas esta caracterização ao interpretar " cantor de jazz", filme que inaugurou a era do cinema falado.
Esses sao so alguns , depois vejam os CDS Buenos Aires Late 1 e Buenos Aires Late 2
la tem mais tango
#FICAADICA
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